Regras de ouro para usar o japamala

Usar o japamala não é algo nada novo. Há muito tempo eles sido usados por yogues, hindus e budistas em suas práticas espirituais.

A transliteração do sânscrito pode ser definida como “repetir ou murmurar orações ou mantras”. Com o passar dos anos, o uso do japamala se espalhou por continentes e culturas e agora pessoas de todo o mundo o usam em diversas práticas.

Por exemplo, atualmente muitas pessoas usam o japamala para a prática do Ho’oponopono – uma técnica havaiana de arrependimento, perdão e transmutação desenvolvido por Kahuna Lapa’au Morrnah Nalamaku Simeona (1913–1992). Mas isso é assunto para outro post.

Tradições diferentes, regras diferentes

As diversas tradições espirituais e de meditação têm costumes e regras diferentes para o uso do japamala. Mesmo instrutores das mesmas tradições e linhagens podem ter orientações difusas. Acima de tudo, apesar das muitas abordagens possíveis, o respeito e a humildade pautam todas elas sempre.

Sob o mesmo ponto de vista, não podemos nos esquecer de que regras e costumes tradicionais podem ficar desatualizadas com o tempo ou parecer impraticáveis quando aplicadas a uma cultura diferente.

Como acontece com qualquer prática espiritual, é importante descobrir por si só quais as regras que ressoam com seus objetivos, intenções e que fazem mais sentido para você.

Entretanto há algumas “regras de ouro” para usar o japamala que vale muito a pena conhecer. Não são verdades absolutas, enfim. São hábitos e recomendações baseadas no respeito a si, ao próximo e à prática.

Conheça as principais regras de ouro para usar o japamala

• Mantenha seu japamala em um lugar limpo, de preferência em seu cantinho zen, altar ou em uma bolsa.
• Antes de começar a prática, toque o meru em sua testa, na altura do terceiro olho.
• Não deixe ninguém tocar ou usar seu mala.
• A menos que você o esteja usando como acessório, evite mostrar seu japamala para outras pessoas e, sempre que possível, mantenha a o meru escondido da vista.
• Tire seu japamala em momentos mais íntimos (ao fazer totó, sexo ou ao dormir).
• Mantenha as contas limpas e bem conservadas.
• Antes de começar a prática, lave bem as mãos.
• Tenha um local limpo, tranquilo e especial preparado para receber suas práticas.
• Crie uma rotina: sente-se no mesmo lugar e na mesma hora todos os dias para praticar.
• Mantenha seu corpo em uma postura estável e confortável. Isso ajuda muito a não criar distrações.
• Escolha cuidadosamente um mantra com base em seus objetivos e intenções.
• Pronuncie seu mantra de forma clara e distinta e sem erros – mesmo se estiver cantando silenciosamente. Para muitas tradições, a entonação e a dicção devem ser levadas muito a sério.
• Não faça suas práticas precipitada ou descuidadamente. Dê o foco e a atenção que ela merece.
• Encontre um ritmo que aumente seu foco. Repetir um mantra muito lentamente criará tédio e repetir muito rápido dispersará seu foco.
• Para garantir a concentração, você pode tentar alternar entre repetir o mantra em voz alta e repeti-lo mentalmente.
• Não há problema algum em se levantar ou mudar sua postura quando se sentir sonolência ou desatenção.
• Contemple o significado do mantra enquanto o recita. Sinta seu poder inundando seu corpo, mente e espírito.
• Ao concluir sua prática, reserve alguns minutos para sentir seus efeitos.

Finalmente e não menos importante

Agora que você conhece algumas regras de ouro para usar o japamala, observe quais delas você prefere focar e se comprometer mais profundamente.

Seja como for, nem todas essas regras serão aplicáveis ou práticas à sua situação pessoal e estilo de vida, por isso é mais importante manter suas práticas em dia do que tentar seguir todas as regras.

E além dessas, quais as regras de ouro que você criou? Escreva aqui nos comentários pois adoraríamos conhecer!

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Imagem destacada: https://www.yowangdu.com/tibetan-buddhism/malas.html