Desvendando o tassel do japamala

 em Japamala, tassel

Tassel feito com fios laranja neste japamala de sementes de rudraksha e sândalo

Chamado de muitos nomes, entre eles, pingente, tecido, ponteira, pendão, ‘fru-fru’, e por aí vai, esta famosa parte do japamala feita geralmente de tecido, tem um nome ‘profissional’: tassel (do inglês, tecido). E neste post, vamos chamá-lo assim, ok?

O tassel é uma parte essencial e definidora de um japamala. Fixado no meru do japamala, tem um objetivo funcional e também um significado espiritual.

Sua cor também pode ter um importante efeito espiritual e psicológico no praticante – basta dar uma pesquisada nas propriedades da cromoterapia e se encantar.

Além de preservar as características e a tradição, confeccionamos nossos japamalas prestando muita atenção neste ponto, pois o tassel seja talvez a parte mais delicada da peça.  

A função do tassel de um japamala

A principal função do tassel do japamala é a de amarrar o fio que perpassa todas as contas e fixá-lo no meru (a conta principal que marca o início e o fim do japamala) dando mais destaque a esta parte tão importante.

Além disso, pode possuir a função estética de esconder o nó do cordão, a depender da técnica de amarração utilizada.

Idealmente, o tassel deve ser a última etapa na confecção do japamala para garantir o acabamento adequado, assim como a integridade do fio. 

A história e o simbolismo do tassel

Ao longo da história, o tassel serviu como um talismã e símbolo de poder, proteção, prestígio e conexão espiritual.

A amarração do fio principal do japamala com o tassel simboliza nossa conexão com o Divino e a unidade inerente de toda a realidade.

Também pode simbolizar o quarto estado de turiya (consciência pura), o desejo do praticante de cultivar o prana (energia da força da vida) e o desejo de moksha (libertação).

No budismo, o tassel representa as raízes da planta de lótus para lembrar o praticante da analogia de “sem lama, sem lótus”.

O simbolismo físico e espiritual da cor do tassel

Cores dos chakras e a localização em nosso corpo

Ao pesquisar um pouco sobre a importância das cores e seus impactos em nós, é possível apontar algumas propriedades de cada uma das cores dos chakras, além do branco e do preto. Veja só:

  • A cor vermelha simboliza a kundalini shakti, poder, paixão, desejo, sexualidade e amor. A cor vermelha ativa o 1º chakra: Muladhara. Os efeitos cromoterápicos da cor vermelha são: aquecimento, energização, estímulo e fortalecimento.
  • A cor laranja simboliza prana (energia da força da vida) e entusiasmo, fascínio, felicidade, criatividade, determinação, atração, sucesso, incentivo. A cor laranja ativa o segundo chakra: Svadhisthana. Os efeitos cromoterápicos da cor laranja são: aquecimento, atração, abundância e prazer.
  • A cor amarela simboliza poder pessoal, auto-estima, vontade e energia. A cor amarela ativa o terceiro chakra: Manipura. Os efeitos cromoterápicos da cor amarela são: fortalecimento, despertar, energização, alegria, confiança e vitalidade.
  • A cor verde simboliza compaixão, amor universal, crescimento, harmonia, frescura e fertilidade. A cor verde ativa o quarto chakra: Anahata. Os efeitos cromoterápicos da cor verde são: equilibrar, harmonizar, suavizar, rejuvenescer, limpar e acalmar.
  • A cor azul simboliza paz, comunicação, inspiração, expressão, confiança, lealdade, confiança e fé. A cor azul ativa o quinto chakra: Vissudha. Os efeitos cromoterápicos da cor azul são: resfriamento, tranquilidade, paciência, sinceridade, devoção e compreensão.
  • A cor púrpura simboliza conhecimento, intuição, insight, sabedoria superior, poder, nobreza, luxo e ambição. A cor roxa ativa o sexto chakra: Ajna. Os efeitos cromoterápicos da cor púrpura são: transformação, desintoxicação, meditação, inspiração, compaixão e contemplação.
  • A cor branca simboliza luz, bondade, inocência e pureza. A cor branca ativa o sétimo chakra: Sahasrara. Os efeitos cromoterápicos da cor branca são: equilíbrio, harmonia, perfeição, consciência, adivinhação, limpeza e simplicidade.
  • A cor preta simboliza poder, elegância, formalidade e mistério. Os efeitos cromoterápicos da cor preta são: proteção, seriedade, morte, luto, mistério, transformação e sigilo.

Cuidando do tassel

Como dissemos no início do texto, o tassel é uma das partes mais delicadas do japamala. Portanto fica muito vulnerável tanto física quanto energeticamente. Assim é muito importante alguns cuidados simples para preservá-lo.

Naturalmente, um japamala bastante usado terá o tassel mais desgastado. O que é absolutamente previsível. Você pode ver isso na perspectiva do conceito japonês de Wabi-sabi – ver a beleza naquilo que é imperfeito, impermanente e incompleto.

Mas o principal cuidado para preservar o tassel – e todo o japamala – é manuseá-lo com cuidado e delicadeza. Embora não seja propriamente frágil, o japamala é uma peça delicada que requer cuidado.

Caso solte a amarração principal, basta amarrar novamente e atar com a ajuda de uma agulha de crochê. No YouTube há uma infinidade de tutoriais sobre isso.

Lavar o japamala pode ser um risco em especial para o tassel, embora necessário as vezes. Por isso requer atenção dobrada para evitar movimentos excessivos ou bruscos. Mas, vez ou outra, vale mergulhar o tassel na água com um pouco de sabão neutro, alisá-lo ou penteá-lo com cuidado e depois deixar secar naturalmente.

Leia neste post como limpar corretamente o seu japamala.

Você também pode revitalizar o tassel com as pontas desgastadas simplesmente cortando o final dele usando uma tesoura grande e bem afiada.

No limite, basta substituir por outro novo!

Já teve a oportunidade de conhecer nossos japamalas e ver a delicadeza e capricho deles? Pois clique aqui para conferir e embarcar conosco nesta jornada!

Boas práticas,

Mãos Ocupadas

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