A importância do som na meditação
Prince uma vez cantou “Há alegria na repetição, há alegria na repetição”. Embora em formato de música pop, suas letras podem ser tomadas para refletir uma ideia antiga: a repetição de um som pode ajudar a nos levar a um estado de espírito meditativo e feliz.
Um som repetido dá à mente algo para se agarrar, um lugar para se concentrar. Tipo um corrimão numa escadaria.
A ideia é semelhante ao voltar a atenção para a respiração. Por conta própria, a mente vagará, pulando de pensamento em pensamento. Com algo em que se concentrar, uma respiração rítmica ou um som, a mente pode gradualmente se aquietar.
Foco em um único ponto
A concentração é outra maneira de descrever o foco em um único ponto. Para usar o som como meditação, começamos nos concentrando no som, deixando de lado outras distrações mentais.
Se mantivermos essa concentração, a mente pode ser absorvida pelo som.
Nossa consciência se espalha por todo o som até que não haja mais nada. É quando um estado real de meditação começa a ser alcançado.
Mantras
Os mantras podem ser a tradição mais antiga de usar o som para induzir um estado mental específico.
Comum em várias religiões orientais e práticas espirituais, os mantras podem ser sílabas, palavras ou um grupo de palavras. Eles podem ou não ter significado literal, dependendo do mantra, da tradição e de como está sendo usado.
Na maioria das vezes, pensamos em mantras usados silenciosamente por indivíduos, mas às vezes são ditos em voz alta em contextos de grupo.
Se você está apenas começando a prática da meditação, repetir o mantra OM pode ser muito útil.
Você também pode definir uma intenção para sua prática meditativa como paz, calma, aspiração e usar a intenção como seu mantra.
Cantar
Cantar é a repetição rítmica de um grupo de palavras, semelhante em muitos aspectos ao uso de mantras, mas abrangendo uma gama mais ampla de tradições.
Novamente, existem práticas orientais que usam o canto em contextos religiosos e espirituais, particularmente ramos do hinduísmo e do budismo.
Ao mesmo tempo, o canto pode ser encontrado nas culturas africanas, nativas americanas e aborígenes australianas.
As religiões ortodoxa oriental e católica romana também têm a tradição de cantar. Alguns deles remontam a 1200 anos ou mais.
Embora os cantos gregorianos possam parecer distantes da ideia de som como meditação, as origens não estão tão distantes.
Juntos ou Sozinhos
Na maioria dessas tradições o canto é feito em grupos de pessoas. Em vez de uma meditação privada, o canto torna-se uma maeira de formar uma consciência de grupo.
Os círculos de tambores contemporâneos são baseados na mesma ideia; nosso ego individual se rende a um poder maior, consciência ou comunidade.
Todos esses métodos de uso do som podem ser considerados uma forma de meditação. Ficamos absorvidos pelo som, deixando de lado outros pensamentos e distrações do mundo ao nosso redor.
Em um estado de meditação, temos a oportunidade de nos movermos para dentro.
Da meditação, é apenas um pequeno passo para um estado de espírito feliz que podemos, tranquilamente, chamar de alegria.
Que tal tentar?
Propomos aqui alguns caminhos rápidos e simples para você iniciar. Vamos nessa?
- Use o som do mantra Om para focar sua mente
- Você também pode usar o mantra Om Mani Padme Hum Mantra para uma meditação mais profunda
- Para a prática de meditação não-denominacional, use palavras como amor, acredite, perdoe, paz ou outra intenção de sua preferência como seu mantra
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- Explore uma aula de yoga ou meditação cantada pela internet ou em algum espaço especializado
Qual outra prática sonora você faz? Conte para nós nos comentários.
Um abraço e boas práticas,
Mãos Ocupadas
Imagem destacada: https://www.shape.com/lifestyle/mind-and-body/tibetan-singing-bowl-meditation