Os quatro elementos: O poder da energização
Partindo de conceitos de povos antigos, havia a interpretação de os quatro elementos fundamentais da natureza (água, fogo, terra e ar) eram a composição base de toda a vida no planeta. A humanidade evoluiu e com ela o conhecimento de que na verdade toda a matéria é composta de elementos químicos cujas combinações formam os diferentes materiais que conhecemos.
Porém, podemos compreender também que esses conceitos da antiguidade são sofisticadas metáforas que fazem referência à estrutura da realidade à nossa volta, em um sentido físico. Na concepção da Astrologia, por exemplo, não são tratados conceitos de realidade física, e sim, a compreensão de linguagens e sinais baseados em analogias, símbolos e possíveis interpretações para estes símbolos.
Como exemplo dessas analogias, podemos abordar as necessidades fisiológicas humanas, como hidratar-se (elemento água), alimentar-se (elemento terra), respirar (elemento ar) e aquecer-se (elemento fogo). Podemos ainda relacionar os quatro elementos com a divisão do mundo em suas quatro partes, onde os rios, lagos e oceanos são de elemento água, a atmosfera é do ar, o núcleo incandescente do planeta é o elemento fogo e por fim, a litosfera (ilhas e continentes) é o elemento terra. Cada um desses elementos que baseiam a existência se manifestam de três formas distintas, totalizando 12 signos do zodíaco
Os quatro elementos na história mundial
Como dito antes, muitas civilizações possuem enraizadas em suas culturas, crenças baseadas na influência dos poderes energéticos da natureza, incluindo o poder da energização dos quatro elementos em suas tradições mitológicas, religiosas e filosóficas. Diferentes interpretações sobre essas influências foram difundidas e existem várias atribuições de seus significados em cada povo.
Na Grécia Antiga, essa correspondência compreendia naturalmente às capacidades do ser humano: emocional ou estética (água), moral ou espiritual (fogo), física (terra) e intelectual (ar).
Para a cultura Indiana, eles estão presentes nas escrituras sagradas do Bhagavad Gita ( texto religioso hindu) e nas bases filosóficas da medicina Ayurvédica (conhecimentos médicos milenares). A influência dos poderes energéticos dos quatro elementos também são encontrados na cultura chinesa, mais precisamente na Acupuntura.
No Tibete, há uma visão bastante semelhante à cultura indiana, mas com diferenças importantes. As bandeiras de oração estampam os quatros elementos acrescido de mais um, o céu, representando o espaço. Gigantescos símbolos da estrutura da criação na forma de grandes construções chamadas Estupas são constituídas por um cubo na base que representa à terra, onde logo acima repousa uma esfera que faz alusão à água e logo em seu topo uma espécie de espiral que simboliza o fogo. No topo de todo o conjunto, o ar é representado por uma meia-lua e ainda há um quinto elemento, o éter, uma substância imutável e eterna que, para a cosmologia tibetana e outros povos, constitui a força primária da qual emanam todas as outras.
Japamalas – Coleção dos quatro elementos
O japamala é um rosário milenar utilizado por adeptos de diversas práticas mentais e espirituais originárias no Oriente. Você pode saber mais sobre eles aqui!
Eles também podem ser poderosos amuletos e canalizadores de energia, como a dos quatro elementos. Em nossa coleção especial Os Quatro Elementos, por exemplo, reunimos esse poder em peças exclusivas. Confira:
Japamala de elemento Ar
Geralmente associado à ancestralidade e ao sonho, à união do céu com a terra e das partes externa e interna do ser, corresponde à função do pensamento, sendo o elemento mais tipicamente humano. A pedra lápis-lazúli pode auxiliar o contato com os deuses e invocar a inspiração divina. É a pedra do investigador espiritual e estudante, uma vez que estimula o desejo da pessoa por conhecimento e compreensão.
Japamala de elemento Fogo
Sua imagem tem ligação com à iluminação e à presença consciente. Tem relação com o pensar e a intuição, com o conhecimento e a visão e penetração da realidade. A pedra do sol é uma pedra de poder pessoal, liberdade e consciência expandida. É a pedra que reflete as qualidades da Luz Solar – abertura, benevolência, calidez, força, clareza mental e a disposição e habilidade para distribuir bênçãos sobre os outros.
Japamala de elemento Água
Elemento ligado à memória, ao afeto, ao emocional e à sensibilidade. Em seu fluxo natural, estimula a criatividade e o bem-estar. As vibrações calmantes do quartzo rosa são um bálsamo para as emoções, pois elas acalmam e limpam todo o campo áurico.
Japamala de elemento Terra
A Terra tem relação com o corpo, os objetos com os quais interagimos e os sentidos. É o elemento de mais estabilidade e segurança, que estabelece maior ligação com a realidade e corresponde à sensorialidade. A hematita possui a propriedade de equilibrar as polaridades de todo o campo de energia da pessoa e realinhar tudo o que possa estar funcionando mal.
Japamala de elemento Éter
Representa a amplitude, expansão e o espaço. Para os filósofos e alquimistas antigos, é considerado o elemento que compõe o universo, do qual o cosmo é permeado. A ametista é indicada para melhorar o ambiente físico da pessoa, trazer sensação de proteção, limpeza e purificação e auxilia na limpeza e equilíbrio do local.
Boas práticas!
Fontes:
Os quatro elementos da natureza e a educação sensível
Ana Letícia Penedo
Alquimia: Os três princípios filosóficos, os quatro elementos da natureza e a quinta ciência
Alquimia operativa
Significado dos quatro elementos astrológicos
Alexey Dodsworth
Os quatro elementos
Graziella Marraccini