Cinco passos para começar a meditar hoje mesmo

 em Conteúdo Mãos Ocupadas

A meditação tem sido estudada há décadas em diversos campos do conhecimento e seus benefícios estão mais do que comprovados.

As mudanças nos padrões cerebrais promovidos pela meditação causam benefícios indiscutíveis no praticante que vão desde o controle da ansiedade e estresse, redução de impactos de tratamentos médicos e até a melhora no desempenho físico, seja ele qual for.

A seleção alemã campeã da Copa de 2014 – aquela do 7×1 – tinha a meditação como uma importante aliada nos treinamentos da equipe.

Embora todos os benefícios sejam mais do que sabidos, ainda não veio por terra o tabu sobre como começar a meditar.

Entre desculpas esfarrapadas e preconceitos, neste post vamos tentar desmistificar os primeiros passos da meditação. De antemão, é importante termos em mente que existem inúmeras práticas meditativas e também outros tantos graus de evolução e complexidade. Por enquanto, vamos nos ater aos primeiros passos.

No exercício que propomos, vamos nos basear na meditação mindfulness, uma prática muito popular atualmente, embora tenha sido introduzida na cultura ocidental por volta dos anos de 1960. Neste post do nosso blog explicamos um pouco mais sobre a meditação mindfulness.

Em linhas gerais, trata-se de treinar nosso cérebro a estar em contato com o momento presente, fazendo uma coisa de cada vez e dedicando atenção integral a ela.

Além disso, é uma prática bastante simples que pode ser feita nas mais diversas tarefas do nosso cotidiano.

Estes cinco passos a seguir são um excelente ponto de partida para colocarmos por terra o mito do começo da meditação.

Para começar a meditar:

1. Encontre o seu local de meditação

Preferencialmente deve ser um local calmo e tranquilo. Depois que sua prática evoluir, qualquer lugar irá servir – inclusive no trânsito! O local para o início das práticas deve ser reservado e, tanto quanto possível, livre de perturbações externas. Quanto mais conforto, paz e segurança sentir, melhor. Depois de escolhido o local, limpe e organize o espaço. Pode parecer bobagem mas a ordem do ambiente ajudará a centrar e a organizar os pensamentos.

2. Sente-se em uma posição confortável

Existem diferentes recomendações sobre as posições, como a posição de lótus, numa almofada zafu e por aí vai. Embora haja ótimas intenções por trás de cada recomendação, isso pode se tornar um obstáculo para o praticante inicial e a posição de lótus é prova disso – até que você se entenda com ela, é extremamente desconfortável.

Tenha em mente que você não precisa se sentar de uma maneira especial para meditar. Escolha uma posição confortável que pode ser até mesmo sentado em uma cadeira.  Na verdade, sentar-se em uma cadeira é uma excelente opção para começar a praticar por inúmeros motivos.

Importante: evite se deitar para começar as práticas. É um convite irrecusável para adormecer…

Seja qual for a postura que você escolher, sente-se confortavelmente e mantenha a coluna ereta para facilitar o fluxo de energia e a circulação sanguínea.

3. Limpe sua mente

Limpe sua mente. Solte-se. Faça algumas respirações profundas e lentas. Faça quantas forem necessárias até perceber que o corpo e a mente estão mais tranquilos.

4. Apenas sinta e observe

Em silêncio, traga sua atenção para o diálogo interno de sua mente. Deixe-o fluir e observe com atenção. O que você está pensando? O que você está sentindo? Apenas observe; não se envolva.

Muitas pessoas acreditam que na meditação precisam se forçar a não pensar, bloqueando todos os seus pensamentos. É exatamente o oposto o que você fará agora. Deixe sua mente continuar trabalhando, mas não se envolva. Você assume o papel de um observador atento e passivo.

Se você tiver um pensamento repentino como “preciso ir ao mercado amanhã”, observá-lo significa saber que esse pensamento específico está lá. Se você começar a reagir a partir do pensamento, como se aborrecer por ter que comprar mantimentos, ou listando quais mantimentos você tem que comprar, etc, você está se engajando com o pensamento. Não faça isso. O estado desejado na meditação é observar esses pensamentos sem se envolver com eles.

Um exercício muito valioso para perceber quando seu foco é interrompido é o seguinte: com a ajuda de um japamala conte lentamente cada uma das contas até o final. Cada vez que seu foco for desviado, anote o último número que você estava contando. Este número será o indicador de quanto tempo você manteve o foco. Tente novamente, reiniciando de 1, e tente ir além do último número desta vez.

Medite o quanto quiser até se sentir bem confortável. Poucos minutos já são suficientes para as práticas iniciais. Sinta sua evolução e aumente o tempo na medida em que julgar adequado.  Não há limite de tempo máximo para as práticas.

Depois de repetidas práticas, você alcançará gradualmente um novo nível de quietude mental. Quando entender que sua mente está mais tranquila e focada no presente, tente meditar por alguns minutos a mais e por alguns dias consecutivos. Gradualmente você notará um novo e superior estágio mental.

Com o tempo de prática você chegará a um ponto onde sua consciência começa a se deslocar acima da realidade física. Na medida em que se pratica mais e mais, você se separa de seu eu físico e passa a observar sua realidade física. Quanto mais você meditar, mais profundo será o estado em que estará e mais elevada será a consciência em que entrará.

5. Terminando sua meditação

Quando terminar a meditação, é hora de retornar. Comece a se perceber na realidade física ao seu redor. Ouça os sons, sinta os aromas, perceba a luz. Em seguida, traga a consciência ao seu corpo físico. Leve o tempo que for necessário nesta etapa. Então, bem devagar, abra os olhos.

Em vez de retomar suas atividades físicas imediatamente, você pode querer permanecer no local meditativo e refletir sobre alguns dos pensamentos, sentimentos ou imagens que surgiram durante a meditação. Você também pode querer gastar apenas alguns minutos expressando gratidão pelas coisas de que gosta na vida. E isso é ótimo.

Dica de ouro

Manter a concentração é realmente o principal desafio para o praticante inicial. Por isso, o uso do japamala pode ser um caminho muito valioso para garantir atenção total na prática. Ao se aliar a prática mental da atenção plena ao manuseio físico do japamala, é possível ter ganhos muito importantes para colocar por terra o mito de que meditar é difícil.

Neste post temos algumas dicas para meditar usando seu japamala. Além disso, em nossa loja virtual você encontrará dezenas de japamalas. Com certeza tem um esperando por você.

Um abraço e boas práticas!

 

Imagem: https://mindisthemaster.com/mindfulness-meditation-a-complete-beginners-guide/

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Mostrando 3 comentários
  • Adir Rocha
    Responder

    Amei as explicações. É tudo o q.venho buscando.Obrigada

    • Mãos Ocupadas
      Responder

      Que ótimo que tenha gostado, Adir! Ficamos muito felizes com seu comentário!

      Um abraço e boas práticas!

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  • […] Antes de mais nada, vamos começar o post de hoje com uma afirmação de uma cliente que nos procurou há alguns meses, depois que ela leu nosso texto “Cinco passos para começar a meditar hoje mesmo”, que você pode ler clicando aqui. […]

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